sexta-feira, 19 de setembro de 2008

SPZN Braga Sul na Comunicação Social

Entrevista de Artur Silva ao Jornal Cidade Hoje:

Sindicatos Preocupados com a qualidade da educação

A propósito da colocação de professores:

O representante da delegação famalicense do Sindicato dos Professores da Zona Norte (SPZN), Artur Silva, começou por referir, em entrevista ao CIDADE HOJE, que algumas escolas do 1.º ciclo do concelho de Famalicão não tinham professores colocados no início do ano lectivo. "Não é admissível que os pais estejam na expectativa de que os filhos têm um professor para os receber quando as actividades iniciarem e se deparem, depois, com outra situação", alerta.
O sindicalista falava a propósito de a ministra da educação dizer que as escolas têm os professores que pediram. " Não podemos esquecer que as requisições de professores estão sujeitas às condições e normas que o próprio ministério estabeleceu", referiu. "Os conselhos executivos não têm plena autonomia para pedir o número de professores necessários para desenvolver as actividades", clarifica ainda.
Os concursos:
Artur Silva acredita que o processo de concurso de professores pode ter a sua "transparência comprometida num futuro muito próximo". A colocação de professores, segundo o ME, é feita de acordo com a sua graduação profissional. O que não parece muito "correcto é que os resultados das avaliações tenham um reflexo directo nessa graduação, com a atribuição de pontos, sabendo nós que existem classificações , como é o caso do excelente e do muito bom, que estão sujeitas a quotas e que por muito que os professores se esforcem, no sentido da excelência, não vão atingir determinada pontuação e vão ser penalizados", explicou.
A avaliação de desempenho:
Artur Silva chama, de igual modo, a atenção para o facto de que estão a ser estabelecidas prioridades inversas. "Não é compreensível que dentro de um estabelecimento de ensino estejamos preocupados em avaliarmo-nos uns aos outros, ao invés de nos centrarmos no apoio aos alunos", afiança, embora concorde que os professores devem ser avaliados.
O Estatuto e a divisão da Carreira:
Artur Silva destaca, finalmente que não concorda com "a divisão da carreira em duas categorias e com o estatuto da carreira docente que não valoriza nem dá dignidade ao professor para que ele possa funcionar na escola". Por isso mesmo o SPZN já tem marcados para os meses de Setembro e Outubro alguns debates e reuniões, nos quais se fará um balanço do início do ano lectivo e se apresentarão propostas alternativas às do ME.
O Tempo de Trabalho Docente:
"Queremos demonstrar de forma clara, e com situações concretas, que o tempo que os professores passam nas escolas, hoje, é um tempo que não reverte directamente em benefício dos alunos e da preparação de aulas", afiança Artur Silva.
Fonte: Jornal CIDADE HOJE, de 18 de Setembro de 2008

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